AI Wearables e o Renascimento das estratégias de performance
O South by Southwest 2024 chegou ao fim, mas o turbilhão de informações (e brindes criativos das diversas ativações de marcas) que trouxemos na mala servirão como combustível para tudo que podemos aprofundar e aprender a respeito do que foi discutido ao longo dos 10 dias de festival.
Na tentativa de resumir o evento em uma palavra, “conexão” define muito bem tudo que senti ao longo do SXSW 2024: conexão com pessoas e histórias que compartilhamos durante o evento, conexão com as diversas temáticas abordadas nas 24 trilhas de conteúdo (Inteligência Artificial, Design, Brand, 2050, Mudanças Climáticas, entre outros) e conexão comigo mesmo, além das maravilhas que Austin tem a oferecer.
Durante o SXSW 2024, busquei explorar tendências e narrativas que fossem enriquecer minha perspectiva diária, especialmente como profissional criativo focado em estratégias de performance e personalização aqui na Media.Monks. Ao mergulhar nas discussões sobre Inteligência Artificial (IA), pude vislumbrar um futuro próximo que, embora diferente do presente, mantém princípios fundamentais alinhados com o que sabemos ser eficaz hoje, afinal, fomos nomeados a agência do ano em IA pela Adweek.
Estamos vivendo o Renascimento da Inteligência Artificial e isso vai mudar a maneira como trabalhamos e interagimos com a tecnologia.
Quem trabalha com tecnologia, ou está próximo da operação das Big Techs, sabe que inteligência artificial sempre esteve presente no core de várias soluções, sistemas operacionais, modelos analíticos e até mesmo nos algoritmos de recomendação das grandes plataformas (sociais, entretenimento, compras, anúncios, etc). Mas em 2024, a IA expandiu suas aplicações e passou a ter uma interface de interação com a sociedade, reduzindo a distância entre o problema e a solução. Essa aproximação entre o que a inteligência artificial é capaz de oferecer e o que o ser humano precisa explorar está moldando, de maneira significativa, o cenário mundial.
Estamos vivendo o renascimento da IA, como fundamento para empresas de todos os setores organizarem seus negócios, suas operações e consequentemente como a sociedade interage com a tecnologia. Os dispositivos estão começando a ser IA first (e os que não são, achamos ultrapassados), os conteúdos, diagnósticos médicos, atendimento ao consumidor e diversos outros serviços, estão sendo enriquecidos pelo uso da inteligência artificial.
O mercado está aquecido para o tema: novas soluções estão sendo criadas diariamente e o seu potencial e precisão estão crescendo exponencialmente com o passar dos anos. Na sessão "Billion Dollar Teams: The Future of an AI Powered Workforce", Ian Beacraft pontuou a responsabilidade de nós, líderes de empresa, moldarmos uma nova estrutura organizacional, desenvolvendo times "generalistas criativos" e que usam IA como "esteroides" para resolução de problemas e concepção de novas soluções, ao invés de apenas inseri-la como substituta e sermos reféns da sua capacidade.
IA Wearables e uma nova camada no mundo físico
Enquanto uma parte das discussões do SXSW era a respeito de como entender a IA em nossa rotina hoje, outra parte discutia sua expansão no amanhã, e como trazê-la para ser treinada em tempo real, afinal de contas, atualmente ela está sendo treinada com coisas do passado. A Futurista Caty Hackl em seu conteúdo "The Age of Spatial Computing & AI Wearables is Here" repetiu inúmeras vezes que Wearables (dispositivos tecnológicos utilizados como acessórios) e Spatial Computing (computadores interagindo com espaços físicos) vão dar à IA o poder de ver e vão trazê-la para o mundo real. Isso grudou na minha cabeça!
Wearables são a mais poderosa fonte de informação para as IAs e, de acordo com ela e outros palestrantes, teremos uma infinidade de novos modelos nos próximos meses. Wearables, como o recém-lançado Apple Vision Pro, transformam o ambiente que vivemos em grandes "áreas de trabalho" para as aplicações, que se alimentam de tudo que enxergamos e criam camadas virtuais em um mundo físico. Se já ouvíamos que nossos olhos são a janela do mundo para o cérebro, agora eles serão uma conexão profunda entre nós humanos e nossos dispositivos. E isso não é apenas uma figura de linguagem!
Participei de um conteúdo chamado "Future Eye: 10 Vision Trends That Will Transform Healthcare", que mostrou que através do olho já é possível detectar futuros casos de Alzheimer, doenças cardiovasculares e diabetes, antes mesmo de serem detectados por outros exames, e que nossa pupila é capaz de reagir a um estímulo antes mesmo de estarmos alerta a ele (de forma totalmente involuntária). Para a futurista Amy Webb, que lançou seu tradicional "2024 Emerging Tech Trend Report" no evento, em pouco tempo esses dispositivos conectados aos nossos olhos serão capazes de ler nossas intenções e diminuir a fricção entre um script e a resposta da IA a ele.
A ultra personalização de cada um
Ao retirarmos os dispositivos das nossas mãos e os integrarmos aos nossos olhos (ou ao nosso corpo) com essa convergência entre inteligência artificial e spatial computing, co-criamos uma nova realidade. Ou melhor, várias novas realidades totalmente individuais. Na palestra "Co-Creating the Near Future with Spatial Computing & AI" o futurista Neil Redding afirmou que essa nova realidade mudará a maneira como revivemos memórias, viajamos, aprendemos e também, é claro, a maneira como compramos e como o varejo se organizará para isso. Seremos capazes de identificar algo do mundo real e adicionarmos instantaneamente ao nosso carrinho, trazendo à tona o conceito de "shoppable world".
Cada uma dessas realidades será, assim como nossos dispositivos são hoje, totalmente personalizadas com as preferências e histórico de cada pessoa. Esta transformação é, sem dúvida, fascinante, mas também um tanto assustadora. Estamos diante de uma nova era, na qual a interação entre humanos e tecnologia atingirá níveis inéditos de intimidade e eficiência. Como resultado, os criativos serão desafiados a se adaptar a essa nova realidade. As interações serão reformuladas e os feeds, como conhecemos hoje, talvez desapareçam. Mas, minha maior reflexão diante de tudo isso é que o conceito de performance permanecerá relevante. As marcas continuarão impactando os usuários para comprar produtos e conteúdos na busca de engajamento, cliques e vendas.
Enquanto volto ao meu cotidiano e me preparo para participar e criar esse futuro, trago comigo não apenas insights valiosos, mas também a convicção de que, assim como acontece hoje no marketing de performance, será necessário por meio dos dados do usuário entregar uma experiência cada vez mais personalizada para cada um. No meio de tantas mudanças, aqui dentro da Media.Monks continuamos criando e aprimorando o conceito de performance (recolher dados, entregar personalização) nessa nova paisagem, e serão as marcas que estiverem com a gente que permanecerão relevantes no mercado.
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